O GENTLEMAN E O PRESIDENTE
Crônicas |
Sábado, 8 Maio, 2021
12:43
|
Visitantes e Leitores: 1633
| A+ |
a-
Reclamaram, criticaram, falaram mal, muito mal, é claro. Esse desastrado conjunto de atitudes, completamente fora da rotina do tradicional jornalismo político, ao criticar ou distorcer a forma com que o ato político é praticado ou anunciado em vez de noticiar, comentar e avaliar o ato político e as suas consequências passou a dominar o formato do noticiário. Essa conduta inusitada, impiedosa, mal articulada e, sobretudo, mal intencionada, virou a regra em uma parcela majoritária da imprensa escrita, falada e televisada, essencialmente porque o presidente Jair Messias Bolsonaro mudou radicalmente a política nacional, pela implantação e manutenção rigorosa da austeridade no trato do dinheiro público. Desse modo, alguns dos grandes sugadores do tesouro – os órgãos da grande imprensa – passaram a não encontrar abertas as torneiras de onde faziam jorrar o dinheiro fácil, repartido com políticos corruptos, uma imensa categoria dos ocupantes de cargos eletivos nas duas câmaras do poder legislativo e em diversos outros segmentos dos três poderes da república, o executivo, o legislativo e o judiciário. E, fazendo um estridente coro, alguns artistas proeminentes no cenário musical e “mamadores” de polpudas verbas desviadas através do uso distorcido da Lei Rouanet, procuravam defender a política da fantasia do mundo socialista.
Hoje, os poucos políticos militando na oposição radical procuram associar o adjetivo “fascista” ao novo presidente, simplesmente por cumprir rigorosamente todas as promessas de campanha, um importante fato ao qual não estamos acostumados e para o qual uma significativa parcela da população ainda não despertou sua atenção. O presidente não luta contra a gramática, as boas maneiras, o convincente discurso no qual se mascaram as intenções com as palavras que o público espera ouvir. A sua luta, principalmente nos bastidores da política, é contra uma perigosa máfia enclausurada há vários anos nos três poderes da república que, associada a organizações poderosas, nacionais e internacionais, como os socialistas e comunistas que dominam as reuniões e comissões da ONU (Organização das Nações Unidas), os gestores e participantes do Foro de São Paulo e outras igualmente, voltadas à derrubada dos valores e regimes democráticos, todos ainda bastante frágeis na América Latina, procura impedir que as medidas necessárias à promoção do progresso e do crescimento da nação sejam aprovadas e efetivamente postas em prática, num claro gesto de sabotagem ao governo de que participam ou, pelos cargos que exercem, deveriam participar. Esse é o caso explícito da oposição do congresso nacional personificada pelo deputado Rodrigo Maia e do Supremo Tribunal Federal, na ocasião presidido pelo Ministro Dias Toffoli, uma “criação pouco engenhosa” do petismo na corte mais alta da nação. Não se trata do presidente “agredir”, “criticar”, “desrespeitar” ou lá o que se queira dizer, o Congresso Nacional e o STF. Trata-se sim, da defesa intransigente que o presidente faz dos melhores interesses nacionais. E, por essa luta incessante que há pouco mais de dez anos Bolsonaro iniciou sozinho, o presidente é alvo da mais impiedosa campanha articulada pela máfia disfarçada de social-democrata para continuar enganando a população de boa fé, quando sua finalidade é implantar progressivamente um regime social-comunista de poder com a cúpula se perpetuando no mando e enriquecendo ilicitamente por todo o tempo, como ocorreu nos últimos quatorze anos. Já foi tachado de fascista homofóbico, agressivo, ansioso, antipático, arrogante, atrevido, autoritário, birrento, bisbilhoteiro, bruto, calculista, chato, cínico, colérico, covarde, cruel, debochado, desafiador, desbocado, descarado, descomedido, desequilibrado, desleal, desonesto, desordeiro, despótico, discriminador, estourado, estressado, falso, fingido, frio, fútil, grosseiro, grosso, hipócrita, ignorante, impaciente, impertinente, impetuoso, impiedoso, imponderado, impostor, imprudente, impulsivo, incompetente, inconveniente, incorreto, indeciso, indecoroso, indelicado, indiferente, inflexível, injusto, insensato, insincero, instável, insuportável, intolerante, intransigente, irracional, irascível, irresponsável, irritadiço, leviano, maldoso, malicioso, malvado, mandão, maquiavélico, mentiroso, mesquinho, negligente, nervoso, neurótico, obcecado, odioso, oportunista, pedante, pessimista, possessivo, precipitado, preconceituoso, prepotente, presunçoso, problemático, rancoroso, relapso, rigoroso, rabugento, rude, sarcástico, teimoso, tirano, traiçoeiro, traidor, trapaceiro, tendencioso, vagabundo, vaidoso, vigarista e xenófobo, assim, em ordem alfabética ou em qualquer ordem, mas, em geral isoladamente três ou quatro adjetivos de baixa qualificação a cada linha de texto “político”.
O povo, contrariando o feudo historicamente construído e que inclui os institutos de pesquisa de opinião, elegeu Jair Bolsonaro para fazer a faxina no governo federal e promover a modernização e moralização dos costumes políticos e sociais. Não se espera do presidente a fala gramaticalmente perfeita de um José Sarney, a atitude estudada do jovem elegante, atlético e destemido “caçador de Marajás” Fernando Collor, o discurso metaforicamente acertado de Temer, a mentirosa e populista palavra de Lula ou a fala incompreensível de Dilma. Não elegemos um gentleman. Não elegemos um presidente que seja o dono de si mesmo, que se respeita e se faz respeitar, cuja essência seja a da soberania interior, delicado, super-educado, respeitador e afeito aos arcaicos trâmites de uma corte que inexiste. Nós elegemos um “faxineiro” político, absurdamente honesto, isento, brasileiro de chorar ao ouvir o hino nacional, destemido, determinado e apto ao exercício do cargo da forma que a nação precisa, com o extermínio liminar dos principais focos de corrupção e desvio das verbas públicas. Elegemos o estivador que cospe no chão e espalha o catarro com a sola do pé descalço. Que não faz cerimônia ao chamar um ladrão de ladrão. Sem precisar usar o tão castigado e mal empregado “Vossa Excelência”. Elegemos um presidente sem dinheiro, sem campanha, sem apoio político, sem partido digno do nome, sem comitês, sem cabos eleitorais, sem palanque, sem nada, sem mesmo fazer campanha porque agonizava no leito de um hospital, enquanto a sua palavra ecoava pelas redes sociais, com crédito inigualável, com a opinião apenas dos brasileiros que desejavam mudar, já cansados dos desmandos dos governos petistas. Nós, o povo, mostramos, pela primeira vez na história da República que, como diz a nossa pobre e tão desrespeitada Constituição, “todo o poder emana do povo e em seu nome será exercido”. Que assim continue sendo de agora em diante e, porque não, por todo o sempre.
Top