O EFEITO DE UM SORRISO, ... SOLTO NO AR
Logo cedo em uma manhã usual e repetitiva, em plena Av. Paulista, e no trânsito vagaroso em direção ao Instituto do Coração da Universidade de São Paulo, para mais um dia de trabalho rotineiro, eis que neste desenrolar de todos os dias, algo irrompeu diferente e confortante.
Nada mais que um simples sorriso, aberto e inesperado, instantâneo, tranquilo e sutil de uma moça jovem, enquanto corria na passarela interna da avenida, isolada e confiante em si própria.
Nesse cenário, a rotina se quebrou pelo sorriso espontâneo e fácil, sem causa aparente e sem ligação com fios de possível música embutida e portanto sem um estímulo pré determinado.
Foi assim nesta visualização instantânea que houve um conforto emocional imediato, em meio àquela trajetória usual e monótona.
Lá senti, em um curto instante, como um sorriso gratuito e jogado ao ar, sem nenhuma direção e para ela própria, decorrente de algum bem estar em seu interior, pode se tornar o estopim para um bem estar que um transmite ao outro, a ponto de tudo se transformar favoravelmente.
Dessa maneira, pude sentir que é o simples sorriso o verdadeiro transmissor do estímulo que conforta, que une e que congrega. É ele que muda o espírito das pessoas, mesmo em situações que pareçam inusitadas como em um trânsito estafante, e lembro também em tantas outras que desfrutamos.
Sorriso, indispensável para qualquer início de um relacionamento promissor, além da continuidade do convívio produtivo entre todas as pessoas.
Nesse contexto vale repetir a afirmação de Martin Luther King a respeito do sorriso: “Pouca coisa é necessária para transformar inteiramente uma vida: amor no coração e sorriso nos lábios”.
Referência: Livro "Lembranças, Realidades e Reflexões", de Edmar Atik e Editora CHIADO, ensaio 33, página 213, 2020.